ARTE HOLANDESA
O conde Johann Moritz of Nassau-Siegen, ou Maurício de Nassau, governou a colônia holandesa no Nordeste do Brasil, com a capital em Recife, de 1637 a 1643.
Como humanista, ele estimulou as artes e as ciências, sendo assim um incentivador das investigações na história natural, da botânica e da zoologia dos trópicos.
Além disso, Nassau mandou construir um observatório astronômico, um jardim botânico e trouxe com ele uma comitiva de artistas da pintura flamenga e cientistas.
Foi com orientação de Nassau que o arquiteto Pieter Post projetou a construção da Cidade Maurícia e também os palácios e prédios administrativos.
Era normal ter a presença de alguns artistas nas primeiras expedições que foram pra Ámerica, Maurício de Nassau confirmou, em carta para Luiz XIV, no ano de 1678, ter a sua disposição seis pintores no Brasil, entre esses seis artistas estavam Frans J. Post e Albert Eckhout.
Os pintores de Nassau, por não serem católicos, puderam facilmente se dedicar a temas profanos, o que não era permitido aos portugueses. Em consequência disso foram os primeiros artistas no Brasil e na América a abordar a paisagem, os tipos étnicos, a fauna e a flora como temática de suas produções artísticas.
Se as pinturas holandesas comentadas por Maurício de Nassau surgiram pelo ímperio científico, é inegável que a aura artística inerente a elas se entrelaça aos significados epistemológicos.
Fonte: http://www.historiadasartes.com/nobrasil/arte-no-seculo-17/arte-holandesa/